segunda-feira, 31 de março de 2008

História da TV Brasileira - Parte II

História da TV Brasileira - Parte I

Aqui, o trailer do filme "O Triunfo da Vontade"

+ trechos de " O Triunfo da Vontade" (1934) de Leni Riefenstahl

A imagem do exército alemão, já veiculado para a sociedade germânica, na qual este é reconhecido pelos seus valores, representado é transformado no orgulho do símbolo floresta-exército. Leni Riefenstahl cria tomadas impressionantes nas quais o preto e branco, brilho e sombras, são usados em alto contraste, um recurso de criação de significados que marca com grandiloqüência diferentes momentos do filme.

Hitler como produto do rádio e do cinema...

Como vimos, conforme McLuhan e sua teoria dos diferentes modos de envolvimento que experimentamos com os meios, os discursos de Hitler seriam mensagens que funcionariam bem no rádio - onde sua voz soa imponente e altiva - e no cinema, mas, jamais na televisão, cujas formas toscas de retratar as pessoas no início do seu funcionamento fariam de Hitler um personagem ainda mais cômico. Lembremo-nos, contudo, que a cultura televisa só se afirmaria, ao menos, duas décadas depois da ascenção do nazismo na Europa. A seguir, neste e nos próximos posts, alguns takes do fürer, através dos quais se pode ver a força da sua loquacidade e os planos cinematográficos que o enalteciam, através da primorosa direção de Leni Riefenstahl.


Caricaturas & Fotografias

Na seqüência que se segue, as caricaturas vêm acompanhadas de fotos das pessoas que são representadas. Neste caso, pode-se observar claramente as diferenças de envolvimento que experimentamos na "decifração" da mensagem, no caso, quem é a pessoa que a caricatura e a foto evocam.

Caricaturas

McLuhan, ao falar das gramáticas dos meios, chama a atenção para as diferentes formas como os diferentes meios nos envolvem nos seus modos de produção das suas mensagens. Esta experiência de "envolvimento" em diferentes níveis pode ser facilmente percebida quando estamos diante de desenhos do tipo "caricaturas". A idéia proposta por McLuhan é a de que as caricaturas, ao definirem suas mensagens - as pessoas as quais representam - de um modo algo obscuro, ou indireto, exige a participação de quem as observa para complementar a mensagem. As fotografias, ao contrário, por serem mensagens mais completas, exigiriam menos o envolvimento de quem a observa. No primeiro caso se trataria de "meios frios", no segundo caso, de "meios quentes". Na sequência, algumas das caricaturas que observamos em sala de aula.